06/01/2013

Quase um mês em Florianópolis, o escritor Santiago Nazarian e outros amigos que fizemos

Falando francamente, estou com aquelas minhas clássicas preguiças de escrever sobre meus dias nas cidades. Mas preciso falar dessas minhas 3 semanas aqui em Florianópolis.

Eu já disse aqui, mas preciso repetir. A Pira realmente me adotou como um filho, ainda que passe longe da nossa diferença de idade permitir isso. Acho que a maior prova, entre tooooodas as outras, de que ela realmente gosta de me ter por perto, é o fato de, desde o primeiro dia que cheguei aqui, ela sai da frente do seu computador, de cima da sua própria cama e até de dentro da sua própria casa pra ir fumar lá fora. Eu caiu em crises infinitas de espirros e meu nariz fica super sensível quando fumam perto de mim, eu realmente não teria conseguido passar nem uma semana aqui se ela não pudesse ser tão gentil comigo a esse ponto. É foda, me sinto um fresco e que estou incomodando as pessoas, mas é a PORRA do meu organismo, sou uma vítima de mim mesmo. #tôpoetahoje

Vcs nem vão ter tanto saco pra ler, assim como eu não tenho tanto saco pra escrever, então vou focar mais em postar fotos e citar as coisas mais diferentes (em relação ao que vcs devem estar acostumados) que aconteceram.

A Mah (que veio comigo de carona de Curitiba até aqui), passou o natal aqui com a gente. Pelo dia 27 a coitada foi embora sem ter feito o que ela chegou tão empolgada para fazer: ir à praia. A gente só nadou aqui na baia do Cacupé em uma tarde, e nas piscinas dos vizinhos da Pira (o que foi super divertido também). rsrs

Teve gente nadando nuuuu





Dia 31 chegou o Leandro. Ele chegou, encontrei com ele em um terminal de ônibus e já seguimos pra uma praia. Passamos o dia todo andando pela praia Mole e a praia da Galheta, carregando as mochilas dele. À noite viramos aqui no Cacupé, vendo os fogos da Hercício Luz. Estávamos sem a chave do vizinho da Pira, então nem deu pra curtir a piscina dele na virada do ano. Eu tomei um pouco de vodka e todo o cansaço do dia bateu de uma hora pra outra. Bati na cama e dormi. É, nada de emocionaaaaante como eu queria, mas tem anos que não consigo ter um reveillon emocionante, acho que me falta estar deprimido pra que eu fique emocionado nas viradas.


ops, essa mãe aí? na frente de um mooonte de gente que estava ali na beira da praia.



A partir da chegada do Leandro, fui à praia todos os dias. A Pira não tava muito na vibe de ir pra praia, mas o Leandro estava sempre pilhado, nem que fosse pra irmos todos os dias pra mesma praia (a Mole). Inclusive em um dos dias o Leandro me chamou pra ir pra uma balada, que a Pira até ofereceu pagar minha entrada e dividir com o Leandro o taxi de volta, pra que eu fosse com ele. Mas nesse dia eu tava meio numa bad, preferi ficar em casa e me embreagar até dormir. hahaha

Bar do Deca, na Praia Mole



Nessas idas à praia conhecemos um escritor que a Pira é fan há anos, o Santiago Nazarian. A Pira seeeempre me falou dele nesses anos que a gente se conhece, e só dessa vez o conheci pessoalmente. Ele já escreveu sete livros, já deu quatro entrevistas no Jô e tudo mais. Nem vou falar muito sobre ele, o Google já faz isso por mim, tenta Googlar aí "Santiago Nazarian" que vc verá de quem estou falando. Ele chegou a escrever um post sobre os dias dele aqui em Floripa que a gente se encontrou, nos chamando de "boys magia". kkkkk Um querido ele.





Particularmente acho que conhecer pessoas na praia é equivalente a ver as pessoas como elas realmente são, sem muitas roupas, sem maquiagem, sem muitas firulas nos cabelos, sem muita frescuras ou camadas. Vc vê a cara delas brilhando de protetor solar, vê a marca vermelha de sol, vê o cabelo todo zoado por causa da água salgada, vê a bunda cheia de areia de praia, e por aí vai.





Conhecemos uns quatro caras do Grindr ou Scruff (aplicativos de celular voltados pra gays encontrarem gays que estão geograficamente próximos a onde estão). E nenhum deles eram de fato daqui, ainda que um ou outro estivesse morando aqui. Um era de Manaus, outro de Rio Branco (Acre!), outro do Paraná e até um da Holanda! Esse da Holanda conhecemos em um outro dia de praia Mole com o Santiago, o que foi bom pq todo mundo ali falava inglês, daí o cara não ficou sobrando sem conseguir se comunicar com a galera.



Fora esses caras, ainda conheci o Felipe, que esse sim é manezinho aqui da ilha. É amigo de um amigo meu de São Paulo, que fez a ponte pra nos conhecermos. Poréééém, o Felipe é o manezinho maaaaais não-manezinho que conhecemos. Ele, apesar de ser também ser gay, sequer conhecia o bar do Deca, a praia Mole ou a Galheta, e ainda chegou lá com traje super impróprio pra praia. hahah

Dessa vez consegui rever todos os amigos que fiz aqui das outras vezes que vim (que são os amigos da Pira). Consegui até rever o Gui, que é um cara que é caseiro em um sítio junto com o namorado dele. Siiiiiim, um casal gay caseiro de um sítio! Super Brokeback Mountain sem neve. Imagino que seja uma super vantagem pro dono do sítio, ter dois caseiros homens a preço de um. E são dois gatinhos, por mais que vc deva estar pensando nos esteriótipos contrários! hahahah Eu vim pra Floripa querendo muito passar uns dias no sítio deles com a Pira, e o Gui até tentou nos levar de carro prometendo nos trazer de volta e tudo mais. Mas acabou não dando pra ir dessa vez, e só fomos curtir uma praia lá no norte da ilha, a praia do Forte, que fica lá pras bandas de Jurerê Internacional. Diga-se de passagem, foi a única praia que fomos aqui em Floripa além da Mole, Galheta e Cacupé. hahah





Também fui ao meeting semanal do CouchSurfing aqui em Florianópolis. Onde acabou acontecendo uma coisa engraçada com a japinha da foto do meeting.

Tava lá no meeting do CouchSurfing aqui de Florianópolis interagindo com pessoas desconhecidas. Tava lá um tempão conversando com uma garota lá de São Paulo, até que no fiiiiiiiiiiim da conversa, quando eu tava trocando contatos pra nos adicionarmos no facebook, aconteceu igual aquela vez em Cusco:

- E qual seu contato no Facebook?
- Leo Carona.
- O qqqqqqqq? Vc é o Leo Carooooona??

Meeting semanal de quintas-feiras do CouchSurfing Florianópolis no Capitão Gourmet.

Amanhã é dia de pegar estrada rumo ao Uruguay. Talvez rever alguns amigos do Rio Grande do Sul, do Uruguay e de Buenos Aires (que é o limite, pelo que está planejado até agora)! 1200km de Florianópolis até Montevideo (capital do Uruguay), onde deveremos pegar o barco pra cruzar o Rio la Plata e chegar à capital Argentina. Desejem sorte e/ou mandem seus contatos. :)


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1 comment :

  1. Legal! Ainda tem contato com os quatros caras do Grindr? Se tiver eu quero :)

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