12/06/2013

Depois do pessimismo de alguns cariocas, fui do Rio de Janeiro a São Paulo sozinho pedindo carona pela Dutra



Primeiro o video da viagem.



Agora um pouco de coisas que aconteceram que não foram gravadas:

Passei só dois dias em Resende, mas foram dias que me deram vontade de ficar ainda mais tempo, pena que eu tinha que seguir logo pra SP pq havia combinado de estar lá na sexta. Em Resende meus primos me levaram pra rodar bastante pela cidade, e conheci um pouco de Penedo, que é tipo uma colônia finlandesa que me lembrou muito Trancoso (Bahia). Eu meio que estava "redescobrindo" meus parentes em Resende, pq há mais de 10 anos que eles se mudaram da minha cidade no interior de MG pra cá, então eu mal me lembrava de todo mundo. E é gente demais, visitei umas 5 casas de parentes, cheguei a sentir como se a cidade fosse da minha família. kkkkkkk

Foi pra sair de Resende que rolou uma das histórias mais massa - eu tinha resolvido sair de lá na sexta à tarde. Um dos meus primos havia me dito que o frentista - que é meio que amigo dele - de um posto havia dito pra eu aparecer lá que ele me conseguiria uma carona direta pra SP. A ideia não me parecia das melhores, pq esse posto ficava tipo no meio da cidade - um lugar que me pareceu meio ruim pra eu conseguir sair pedindo carona. Mas eu fui.

Rapidinho o frentista me conseguiu uma carona. O caminhoneiro disse que era só eu esperar ele almoçar e a gente partia. Mas ele demorou tipo umas 2 horas pra isso, e eu peguei um livro que estou trazendo na mochila pra ler. Ainda que eu não goste muito de ler, tava num momento bem loks do livro que o escritor contava de uma aventura que teve durante um mochilão na Europa que após ele conseguir retornar de uma trilha onde ele tinha se perdido, o pessoal o acolheu super bem numa lanchonete, lhe deu uns sanduiches pra comer e tudo mais. Nessa hora, percebo uma mão colocando um marmitex sobre minha mesa. Era a garçonete. Olhei pra ela e disse:

- Eu não pedi isso, moça.


Ela respondeu:
 

- O gerente te mandou.

Me arrepiei . Guardei o marmitex na minha mochila garantindo a janta.
Pouco depois veio o caminhoneiro que eu esperava. Ele disse:

- Poxa, garoto, acho que sujou a carona.

Tomei um susto e me veio um certo medo.

- Putz! - falei.

Já eram umas 16h, seria difícil conseguir uma carona naquela hora, eu ia acabar não conseguindo chegar a São Paulo naquele dia quando já estariam me esperando. Ele concluiu:

- Me ligaram e eu terei que carregar o caminhão numa cidade aqui ao lado e só seguirei pra São Paulo amanhã.

Desfiz minha cara de choque, o agradeci e fui falar com o frentista novamente. O frentista que tava me ajudando havia ido embora. Fudeu.

Pelo desespero em conseguir logo uma carona, bolei uma estratégia. Peguei da minha mochila a edição da revista Veja que haviam feito a entrevista comigo uns meses atrás, e mostrei a um dos frentistas. Logo os outros frentistas viram, e de repente eram um grupo de uns 4 frentistas em círculo lendo a entrevista. hahahah

Todos se puseram a me ajudar. E menos de uma hora depois, chegou um caminhão que estava indo até Mogi das Cruzes. Eu já cheguei abordando o caminhoneiro me apresentando junto com a revista também, e um dos frentistas me ajudou dizendo que sou um cara gente boa e etc. Ele aceitou me levar, e disse que me deixaria na estação de trem de Mogi das Cruzes, a partir de onde eu poderia pegar o trem por 3,20 e fazer integração com o metrô pra terminar de chegar a São Paulo. Ótimo.

Em algum lugar no caminho, o caminhoneiro quis parar pra tomar banho. Eu já ia descendo do caminhão, e ele disse:

- Ei, se você quiser ficar no caminhão pode ficar, não precisa sair não.

Com suas coisas todas dentro do caminhão e seu celular no banco ao meu lado, ele desceu e me deixou lá sozinho enquanto tomava seu banho.

 Quando chegamos a Mogi das Cruzes, NA PORTA da estação, param um monte de viatura da Polícia e descem vários policiais armados correndo. Interditaram a estação, entraram correndo pelos vagões do trem e eu lá com cara de "caralho!". Depois fui saber com o segurança da estação que houve uma denúncia de que havia alguém armado dentro do trem, mas a polícia com toda aquela correria não conseguiu achar nada.

Cheguei a São Paulo.


Nem morri, nem gastei de 60-90 reais e nem fui estuprado

Nem morri, nem gastei de 60-90 reais e nem fui estuprado. haushaush
E por não ter medo dessas coisas acontecerem, vou deixar algumas fotos do que andei fazendo, pessoas e lugares que andei revendo e/ou conhecendo tanto no Rio de Janeiro quanto em Resende.


Rio de Janeiro


Gabriel (quem me hospedou as duas primeiras noites no Rio) e Mateus (estou vendendo o Mateus, quem quiser comprar..)





Lucas. O poeta do metrô. Ele faz poemas e os vende pra quem se desloca pelo metrô carioca. A gente tava indo pra praia, e ele aproveitou pra ganhar um dinheirinho.

Fernanda e Bruna. Aquelas minhas amigas que me hospedaram no Acre em janeiro do ano passado.

Bixcoito.. negão delicious! Amigo de BH que se mudou pro Rio recentemente e me emprestou sua cama durante os dias que fiquei hospedado na  Tijuca.

Quel. Quem me hospedou em Niterói da primeira vez que fui conhecer o Rio anos atrás. Dessa vez dormi uma noite na casa dela em Nikiti novamente :)

Uma noite inteeeira bebendo vodka na Lapa, até o sol raiar. Com o Guto (amigo de Ponte Nova - MG) e a Quel (de Niterói).

Luiza. Amigássa gáts demais de BH, que se mudou pro Rio recentemente. Passeando por Santa Tereza e a escadaria Selaron. Je t'aime.

O poeta do metrô, Luiza e Clara (um amor de garota). Festinha na república deles no primeiro dos vários dias que passei lá.


Luana Muniz. "Tá achando que travesti é bagunça???". Se você não sabe quem é ela, você TEM que assistir ESTE VÍDEO. Eu tive medo e pedir pra tirar uma foto, mas me surpreendi com a simpatia dela.



Resende - RJ



Família que eu não via desde minha infância em Raul Soares. Eles migraram para Resende (RJ) há anos. Passeei, visitei, tomei um cafezinho e bati muito papo com quase todos os parentes que estão morando na cidade (é gente demais!).

Deu vontade de ficar mais, mas eu tinha que seguir pra São Paulo em dois dias :(


De São Paulo eu falo no próximo post, deixe-me vivê-la primeiro. rsrs


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1 comment :

  1. que delícia, Leo! ansiosa para ler suas aventuras em SP :P

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